ENQUADRAMENTO
O Corpo Nacional de Escutas é uma associação de educação não-formal, cuja finalidade é a educação integral de crianças e jovens de ambos os géneros, com base em voluntariado adulto, em conformidade com as finalidades, princípios e métodos concebidos pelo fundador do Escutismo – Robert Baden-Powell – e vigentes na Organização Mundial do Movimento Escutista e à luz do Evangelho de Jesus Cristo, segundo a doutrina da Igreja Católica que professa, assume e difunde.
Neste quadro, o Corpo Nacional de Escutas, enquanto movimento defensor dos valores humanos e defensor de uma inserção comunitária ativa pelo exercício, em termos de voluntariado, de responsabilidades cívicas, assume, junto do Sistema Nacional de Proteção Civil, um papel de significativa cooperação.
Deste posicionamento e das qualidades e características intrínsecas do movimento e da respetiva estrutura e organização internas, decorre o estatuto atribuído ao Corpo Nacional de Escutas, em diversas diretivas do Sistema Nacional de Proteção Civil, de entidade colaborativa ou de segunda linha.
O papel do Corpo Nacional de Escutas, não sendo Agente de Proteção Civil, concentra-se, conforme mencionado, nas ações de segunda linha ou de apoio de retaguarda. No entanto, mais do que fazer parte de diretivas nacionais que contemplam um papel específico em casos de catástrofe ou de calamidade, o Corpo Nacional de Escutas, sendo uma associação com quase 70 000 crianças e jovens, tem ainda como missão de grande relevância a divulgação de informação e a formação dos seus associados, através de oportunidades educativas concretas, em diversos conceitos integrantes da Proteção Civil e Segurança, no sentido da promoção de uma cultura de cidadania e segurança cada vez mais presente.
Educar crianças e jovens para a proteção civil é promover a chamada cultura de segurança naqueles que melhor podem potenciar esses conhecimentos. Cumpre assim, no âmbito da missão educativa:
  • Alertar para os principais riscos a que se está sujeito e quais as principais medidas de prevenção que permitam evitar esses riscos (o que se começa a trabalhar no âmbito da preparação, concretização e avaliação das atividades).

  • Sensibilizar para a necessidade de se intervir no ordenamento do território, atenuando, reduzindo ou mesmo eliminando determinadas vulnerabilidades (o que se começa a trabalhar na organização de campo).

  • Participar, quando necessário e solicitado, na resposta à emergência, nomeadamente na componente de assistência e apoio a populações afetadas (o que se começa a trabalhar em termos de preparação pessoal e de espírito de serviço).